Este livro do italiano Primo Levi foi escolhido no ano de 2006 pela Royal Chemical Soc. de Londres como o melhor livro de ciência de todos os tempos, tendo ultrapassado obras concorrentes como as de Charles Darwin e Richard Dawkins. O que espanta é que A tabela periódica não trata de ciência, nem sequer pode ser classificado como divulgação científica. São apenas as memórias de um químico judeu, sobrevivente de Auschwitz, que se tornou um grande escritor. Por causa dos distúrbios da guerra, Levi não conseguiu seguir carreira acadêmica, mas trabalhou toda a vida na indústria química (exceto no período em que foi prisioneiro dos nazistas). Cada capítulo tem o nome de um elemento químico, que ele associa, direta ou metaforicamente, a uma etapa de sua vida. Você pode até odiar Química, mas será difícil ficar indiferente à beleza de seus relatos.